
Inconvertido: Deixe de aprender com a Serpente
“E, como ficaram entre si discordes,
despediram-se, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a
nossos pais pelo profeta Isaías, Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido
ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; E, vendo vereis, e de
maneira nenhuma percebereis. Porquanto o coração deste povo está
endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os olhos, para
que nunca com os olhos vejam, Nem com os ouvidos ouçam, Nem do coração
entendam, E se convertam, E eu os cure.” (Atos 28:25-27).
Há sempre mil
desculpas e argumentos para aqueles que não querem crer em Cristo nem se
santificar para Deus, como vivenciou o apóstolo Paulo após pregar aos principais
dos judeus em Roma. O coração duro, a surdez e a cegueira espirituais do
inconvertido – é alguém que pode estar dentro ou fora da igreja - ele aprendeu
com o poder maligno do pecado, obra das trevas espirituais operada por Satanás.
Isso faz ele desconsiderar que a permanência na vida de pecado é uma
enfermidade espiritual que pode levá-lo à morte eterna e que a dor causada na
alma pelo pecado é mais intensa e somente Deus tem o remédio da cura – “A tua ferida é incurável; a tua chaga é
dolorosa.” (Jeremias 30:12).
O profeta Isaías
diz que todo aquele que se submete à mensagem da salvação pregada em Sião
jamais poderá dizer: “estou enfermo”
porque o será absolvido de toda iniquidade, ou seja, de toda doença espiritual.
Jesus demonstrou como esse princípio bíblico atua na vida dos homens quando
numa casa em Cafarnaum desceram diante dele pelo telhado um homem paralítico
que jazia numa maca e para curá-lo apenas disse “Filho, perdoados estão os teus pecados” (Marcos 2:5). Doença ou enfermidade não tem como única causa
o pecado, mas podem ser consequência do pecado como Jesus mostrou na cura do
jovem possesso e da mulher encurvada (Lucas 9:38-42 e 13:10-16).
A gravidade
do pecado é tão maligna que causa a paralisia e o desespero, envolvendo o
pecador numa confusão e fraqueza generalizada, deixando-o à mercê de sua
própria sorte, situação que apenas pelo agir de um intercessor santo em sua
vida poderá se curar, livrar do sofrimento ou da morte iminente. Muitos padecem de surdez e cegueira espiritual proposital, pois
os olhos e os ouvidos são perfeitos (Isaías 42:18-20). Vem de Deus a capacitação
para enxergar as coisas espirituais, por meio da presença do Espírito Santo,
não do mero entendimento do homem (Deuteronômio 28:29:3-4 e Atos 16:14).
O
remédio para curar um coração duro, a sudez e a cegueira espiritual é
arrepender de seus pecados e crer em Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Não
há outra religião além do Cristianismo que retira toda culpa da mente e do
coração imediatamente ao arrependimento e à confissão de Jesus como Senhor da
sua vida. Apenas o sangue dele tem poder de apagar e cancelar todos os efeitos
do pecado na vida do pecador. Aliás, Jesus veio trazer o arrependimento de
pecados. “Arrependimento” foi a
primeira palavra falada por ele ao iniciar seu ministério (Mateus 4:17). João
Batista dizia o mesmo (Mateus 3:2). Pedro pregava e exortava o povo ao
arrependimento (Atos 2:38 e 3:19).
Mas, o homem não chega ao arrependimento sozinho,
com suas próprias forças, pelo contrário é uma vontade e decisão tomada com o
auxílio do Espírito Santo porque o
pecador é mantido aprisionado no mundo espiritual pelos laços do diabo, a quem pela
graça de Deus coube exercer o ministério de
convencer os homens do pecado (João 16:8). Pela graça de Deus o Espírito Santo
chama nossa alma ao arrependimento (II Tm 2:25-26) e se a resposta for positiva
ele vivifica o espírito libertando a alma das trevas e da escravidão do pecado
por meio da regeneração espiritual.
É de grande importância entender que o
arrependimento traz efetivamente a salvação eterna, ao passo que o batismo nas
águas é a simbologia pública da morte do pecado na vida do convertido e de sua
novidade de vida ou ressurreição com Cristo (Romanos 6:4-5). Alguém pode ser salvo no dia que se arrependeu de seus
aceitando Jesus como Senhor, porém ser batizado apenas depois que passou certo
tempo. Aqui temos um trabalho duplo. O Filho faz a remição do
pecado em seu sangue e o Espírito Santo ao mesmo vai até o pecador e regenera
sua alma, tornando-a livre da culpa do pecado, fazendo retornar a paz em sua
consciência.
Quem se
arrepende, é perdoado da culpa e libertado de toda aflição interior. Sabe como
se chama esta pessoa? Bem-aventurado. Mas, por qual obra? A justificação pela
fé em Cristo (Romanos 5:1). Isso faz com que ela se torne muito feliz, perfeita e
livre de qualquer imputação de pecado: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é
perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não
imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.” (Salmos 32:1-2).
Esta é maneira de dar “game
over” no pecado. O início ou reinício (“restart”)
da vida com Deus fica a cargo do Espírito Santo, o qual regenera a alma –
torna-a limpa como uma folha em branco (Tito 3:5) - para prosseguir daí em diante
em novidade de espírito e de vida, não mais pela força da carne, mas pelo poder
da graça divina.
É preciso dizer que, como correção e esperança de
salvação, se o pecador se nega a reconhecer-se como tal quando ouve o chamado
do evangelho isto se dá por estar sendo governado pela Serpente, a qual o
ensina a se contorcer e fingir não ser com ele o chamado à renúncia do pecado.
Para sua infelicidade o autoengano não engana Deus. Nessas condições, sua
condição é gravíssima, como alguém que chega à beira do precipício imaginando
que jamais cairá nele, confiando em suas próprias, esquecendo-se que um simples
desequilíbrio causado pelo vento (da vida) ou desatenção porá fim em sua vida
de maneira espiritualmente trágica para sua crença enganosa.