
Deus avisa a proximidade do cumprimento das profecias
“Filho
do homem, eis que os da casa de Israel dizem: A visão que este tem é
para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe. Portanto
dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Não será mais adiada nenhuma das minhas
palavras; e a palavra que falei se cumprirá, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 12:27-28).
Todas as palavras profetizadas nas Escrituras foram
cumpridas. A primeira profecia bíblica foi cumprida na cruz do calvário – “E porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar.” (Gênesis 3:15) – quando Jesus morreu pelos pecados
de toda humanidade, e ressuscitou, golpeando mortalmente o diabo e o pecado, ao
tempo que estabeleceu a descendência
espiritual (“sua semente” -
mulher) do povo de Deus – da qual Cristo é o primogênito de toda a criação
celestial (Colossenses 1:15) -, e desde então a Igreja está em permanente luta contra os
filhos da rebeldia ou descendência maligna (“tua semente” - Satanás).
Vemos
que os exilados estavam zombando das palavras proféticas dizendo “os dias passam e todas as visões dão em nada”
(Ezequiel 12:22 – NVI), atacando o ponto central de uma profecia que é seu
cumprimento, pois se não se tornar realidade é falsa a profecia e o profeta.
Por que faziam isso? Eles queriam acreditar nos falsos profetas que lhes diziam
que retornariam a Judá em breve – esse foi o primeiro levado ao cativeiro
babilônio por Nabucodonosor em 598 a. C. -, e que não permaneceriam lá por
setenta anos como profetizado por Jeremias (Jeremias 25:11-12).
Um dos
maiores erros espiritual de uma geração é considerar que as profecias não se
cumprirão no presente tempo, mais num futuro longínquo, estado mental enganoso
que lhe faz acreditar existir ainda bastante tempo até o cumprimento,
displicência que relaxa a vigilância espiritual sobre a temporariedade das
coisas terrenas e dos acontecimentos pendentes de ocorrência que estão sob
controle de Deus. Um homem espiritual não age assim. Paulo (Romanos 13:11) e Pedro
(I Pd 4:7), ainda na Igreja Primitiva, diziam que a volta de Cristo estava
próxima. A Igreja atual precisa ser instruída sobre as revelações do Livro de
Apocalipse porque ninguém tem certeza que será arrebatado, caso a volta de
Cristo ocorra nesta geração, daí ser necessário conhecer e entender o que
acontecerá na Grande Tribulação.
O termo “não será mais adiada nenhuma das minhas palavras”, no texto em destaque, refere-se ao adiamento das profecias de juízo que pendiam sobre Judá, como por exemplo sua destruição pelo exército da Babilônia, a destruição do templo do Senhor e a escravidão do povo que se negava a se arrepender de seus pecados, o que fato ocorreu cerca de oito anos após está palavra do Senhor Deus por intermédio do profeta Ezequiel – a destruição de Jerusalém e do templo ocorreu em 586 a. C. -, o qual estava entre os exilados levados no primeiro grupo para a Babilônia.
Desde
a velha aliança Deus sempre avisou os justos previamente sobre fatos que
ocorreriam no meio deles. Abraão foi avisado da destruição de Sodoma e Gomorra
(Gênesis 18:17-21). Noé foi avisado do dilúvio quando a terra se corrompeu diante da
face do Senhor e encheu-se de violência (Gênesis 6:13-14). Por meio do profeta Oseias o reino de Israel (Samaria) foi avisado do
castigo do cativeiro assírio por causa da idolatria e da infidelidade
espiritual do povo: “entre as tribos de
Israel, tornei conhecido o que se cumprirá.” (Oséias 5:9 - ARA). Mais
tarde o profeta Amós diz que “certamente
o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus
servos, os profetas.” (Amós 3:7), princípio bíblico que vigora até aos dias
de hoje, pelo qual os homens de Deus são avisados previamente do mal que se
aproxima.
Jeremias também avisou previamente o
povo de Judá que Jerusalém seria cercada e destruída pelo exército babilônico: “Como os
guardas de um campo, estão contra ela ao redor; porquanto ela se rebelou contra
mim, diz o Senhor. O teu caminho e as tuas obras te fizeram estas coisas;
esta é a tua maldade, e amargosa é, que te chega até ao coração.” (Jr
4:18), contudo não deram ouvidos nem importância à palavra de Deus. Ao entregar a profecia ao povo o profeta lhe diz que não podia se calar porque sua alma ouvia o som da
trombeta e o alarido da guerra aproximando de Judá – “Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração!”
(Jeremias 4:19) -, contudo não se importaram e permaneceram na prática dos pecados
que atraía a ira do Senhor.
Deus tem o
controle de tudo e do futuro de todos, por isso que nenhum acontecimento
surpreenderá a vida de seus filhos, os quais são avisados com antecedência para
que tomem providências ou se preparem para aquilo que ainda irá acontecer. Por
exemplo, os sinais do fim do mundo somente aparecerão aos filhos de Deus que
vivem em prontidão espiritual, os que estão no mundo não os verão nem os
compreenderão. Jesus mandou a Igreja observar a figueira – metáfora que se
refere à nação de Israel - para saber das coisas do fim dos tempos – “Aprendei, pois, esta parábola da figueira:
Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está
próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei
que ele está próximo, às portas.” (Mateus 24:32-33).
Quem tem comunhão com Deus
ouve sua voz e nada lhe é oculto. Este princípio das Escrituras
serve de grande estímulo aos que temem a Deus a permanecerem na igreja ouvindo
o que o Espírito Santo tem a dizer ao povo do Senhor, pois o alerta dos perigos
que se avizinham são dados aos crentes, não aos ímpios.