
Cristão imbatível: Une as armas da justiça com a armadura de Deus
“Antes, como ministros
de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas
aflições, nas necessidades, nas angústias, Nos açoites, nas prisões, nos
tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, Na pureza, na
ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não
fingido, Na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à
direita e à esquerda,” (II Co 6:4-7).
Paulo falando sobre a provação do ministério que
Deus lhe deu menciona três tipos de provações que lhe sobrevieram como ministro
de Deus:
1) dentro de si mesmo – aflições, necessidades e angústias; 2) exteriores
causadas pelos inimigos – açoites, prisões e tumultos; e as do 3) testemunho de
vida cristã – trabalhos, vigílias e jejuns (II Co 6:4-5).
Mas,
referidas provações na vida de um servo do Senhor não são enfrentadas pela
força da carne e sim pela capacitação espiritual dada por Deus conforme a pureza
moral (greg. “hagnotes”) ou vida irrepreensível,
o conhecimento da palavra da verdade, a perseverança, o amor não fingido, que constituem
as armas da justiça porque são dependentes do poder de Deus por meio da fé em
Cristo, o qual Deus fez justiça para a vida de todo aquele que nele crê (I Co 1:30),
e pela presença do Espírito Santo. As armas da justiça são dadas aos que
foram aprovados em suas provações. Juntamente com a armadura de Deus (Ef
6:11-18), essas são as armas necessárias e disponíveis a todos que desejam
vencer as batalhas espirituais. Eis aí uma fotografia do interior e do exterior
do ministro cristão: lutas interiores e exteriores.
Um
combatente espiritual precisará sempre de prévia preparação para se revestir da
armadura espiritual – a verdade, a couraça da justiça, as sandálias do
evangelho da paz, o escudo da fé, o capacete da salvação, a espada do Espírito e
“orando
em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito”
(Efésios 6:13-18). A oração age como um ativador das demais armas, como ocorreu na
libertação de Pedro da prisão por anjo enviado por Deus em atendimento das
orações que eram feitas na casa de João Marcos - o evangelista Marcos (Atos 12:5,
12), onde os irmãos da igreja oravam reunidos naquela madrugada. A marca da
vida de um obreiro capacitado consiste em usar todo tempo disponível para orar
a Deus, arma que dá eficácia ao revestimento e faz operar o poder sobrenatural
do Espírito de Deus a seu favor.
As
batalhas da fé são espirituais. Ninguém conseguirá submeter Satanás e seus
demônios com técnicas de linguagem persuasiva, eloquência, confissão positiva,
força mental ou pensamento positivo, pois tudo isso padece de insuperável
fraqueza porque vem da carne. Sem as armas espirituais dadas pelo revestimento
da unção do Espírito de Deus é perda de tempo e insensatez entrar em batalhas
contra os principados, potestades e as hostes espirituais da maldade.
Quando
Deus envia alguém para o campo de batalha ele previamente o reveste com a unção
do Espírito Santo, como fez com Gideão (Juízes 6:33-34). Para ficar claro que nas
lutas espirituais somos um instrumento nas mãos do Senhor, Gideão na noite que
derrotou a horda dos midianitas, amalequitas e dos filhos do oriente ou do
deserto, os trezentos escolhidos gritavam ao redor do acampamento deles: “Espada do Senhor, e de Gideão” (Jz
7:18).
A
vitória jamais será pela força humana, vez que o homem é mero vaso de barro e o
poder vem de Deus (II Co 4:7 e Efésios 6:10), mas se há submissão ao evangelho de
Cristo pelo conhecimento
da verdade, obediência e santidade revela-se em nós capacitação e dons
espirituais próprios dos servos do Senhor alistados para a guerra cristã
travada para libertar as almas da perdição eterna.