
Visita e ajuda a doentes e necessitados: deve ser presencial – Parte II
A pureza de uma religiosidade está em se guardar o coração incontaminado
do mundo ou em estado santificação, bem como também em fazer a obra de Deus
visitando (pessoalmente) os necessitados em suas tribulações. Mas, o Espírito
Santo adverte no versículo anterior que nós poderemos ter uma noção falsa da
verdadeira religião ao dizer que “se alguém entre vós cuida ser religioso, e
não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.”
(Tiago 1:26), destacando no termo “se alguém entre vós cuida ser religioso”
que o verbo cuidar (greg. “dokei”), cognato do verbo grego “dokeo”,
tem o sentido de pensar, considerar, ser da opinião de, supor, referindo-se a
um julgamento subjetivo que pode ou não se adequar ao fato (Mateus 3:9:25, Lc
1:3, 24:37, João 11:56, I Co 3:18, Hebreus 10:29, Tiago 1:26:5).
Noutras palavras, “se alguém pensa ser religioso” (greg. “threskos”)
porque frequenta regularmente a igreja e participa dos ritos religiosos como
louvor e adoração, despido de santidade e temor pela palavra de Deus, esse tal
está enganando a si mesmo, pois essa religiosidade exterior (greg. “threskeia”)
com base apenas em rituais é vã e inútil espiritualmente. Logo, todo membro de
igreja que não busca santificação pessoal por meio da palavra e da presença do
Espírito Santo em sua vida – ele é o responsável pela obra da santificação
pessoal - vive o autoengano por não crer na verdade espiritual evangélica, mas
crer e viver numa mentira religiosa.
No milagre que ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, o profeta Elias
deita-se sobre o menino morto e clama a Deus para que fizesse retornar a alma
nele. Ele fez isso três vezes e aí o menino reviveu (I Rs 17:19-24). O profeta
Eliseu para ressuscitar o filho da mulher sunamita faz algo semelhante. Deitou
o menino morto na cama, deitou sobre o cadáver para o aquecer porque estava
frio. Desceu da cama, continuou orando e depois voltou a subir na cama e deitar
novamente sobre o cadáver do menino, então o menino espirrou e abriu os olhos
(II Rs 4:32-36). Aqui há uma didática de como clamar por milagres de cura
em pessoas desfalecida ou em estado gravíssimo. Vemos que a insistência do
intercessor move a mão de Deus.
Nota-se que ambos os cadáveres foram postos deitados e aquecidos com o
corpo do profeta, do que se constata que uma alma é capaz de transferir energia
vital para outro corpo. É a mesma transferência de unção espiritual que se
cumpre pelo princípio da imposição das mãos sobre o doente ensinado por Jesus,
pessoalidade que diz respeito à eficácia da oração. Para o ressuscitamento os
corpos tiveram que ficar deitados – prova que realmente se estava lidando com
mortos.
A experiência espiritual tem
demonstrado que às vezes a simples chegada de um homem ou uma mulher de Deus
numa casa ou em algum lugar já faz recuar hostes demoníacas que ali habitam,
daí que não devemos imaginar que irmãos necessitados carecem somente de coisas
materiais, pois há enfermidades que não saem com remédio de farmácia, pois a
cura apenas é obtida pela oração que expulsa o espírito de enfermidade em nome
do sangue de Jesus Cristo – “Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele
meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam
doentes;” (Mateus 8:16 – ARA).