Mensagem Bíblica

Visita e ajuda a doentes e necessitados: deve ser presencial – Parte II

Visita e ajuda a doentes e necessitados: deve ser presencial – Parte II

  • Éder de Souza
  • Tempo de Leitura 4 Minutos

A pureza de uma religiosidade está em se guardar o coração incontaminado do mundo ou em estado santificação, bem como também em fazer a obra de Deus visitando (pessoalmente) os necessitados em suas tribulações. Mas, o Espírito Santo adverte no versículo anterior que nós poderemos ter uma noção falsa da verdadeira religião ao dizer que “se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.” (Tiago 1:26), destacando no termo “se alguém entre vós cuida ser religioso” que o verbo cuidar (greg. “dokei”), cognato do verbo grego “dokeo”, tem o sentido de pensar, considerar, ser da opinião de, supor, referindo-se a um julgamento subjetivo que pode ou não se adequar ao fato (Mateus 3:9:25, Lc 1:3, 24:37, João 11:56, I Co 3:18, Hebreus 10:29, Tiago 1:26:5).

Noutras palavras, “se alguém pensa ser religioso” (greg. “threskos”) porque frequenta regularmente a igreja e participa dos ritos religiosos como louvor e adoração, despido de santidade e temor pela palavra de Deus, esse tal está enganando a si mesmo, pois essa religiosidade exterior (greg. “threskeia”) com base apenas em rituais é vã e inútil espiritualmente. Logo, todo membro de igreja que não busca santificação pessoal por meio da palavra e da presença do Espírito Santo em sua vida – ele é o responsável pela obra da santificação pessoal - vive o autoengano por não crer na verdade espiritual evangélica, mas crer e viver numa mentira religiosa.

No milagre que ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, o profeta Elias deita-se sobre o menino morto e clama a Deus para que fizesse retornar a alma nele. Ele fez isso três vezes e aí o menino reviveu (I Rs 17:19-24). O profeta Eliseu para ressuscitar o filho da mulher sunamita faz algo semelhante. Deitou o menino morto na cama, deitou sobre o cadáver para o aquecer porque estava frio. Desceu da cama, continuou orando e depois voltou a subir na cama e deitar novamente sobre o cadáver do menino, então o menino espirrou e abriu os olhos (II Rs 4:32-36). Aqui há uma didática de como clamar por milagres de cura em pessoas desfalecida ou em estado gravíssimo. Vemos que a insistência do intercessor move a mão de Deus.

Nota-se que ambos os cadáveres foram postos deitados e aquecidos com o corpo do profeta, do que se constata que uma alma é capaz de transferir energia vital para outro corpo. É a mesma transferência de unção espiritual que se cumpre pelo princípio da imposição das mãos sobre o doente ensinado por Jesus, pessoalidade que diz respeito à eficácia da oração. Para o ressuscitamento os corpos tiveram que ficar deitados – prova que realmente se estava lidando com mortos.

A experiência espiritual tem demonstrado que às vezes a simples chegada de um homem ou uma mulher de Deus numa casa ou em algum lugar já faz recuar hostes demoníacas que ali habitam, daí que não devemos imaginar que irmãos necessitados carecem somente de coisas materiais, pois há enfermidades que não saem com remédio de farmácia, pois a cura apenas é obtida pela oração que expulsa o espírito de enfermidade em nome do sangue de Jesus Cristo – “Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes;” (Mateus 8:16 – ARA).

*© Texto bíblico: ACF – SBTB