“Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.” (Provérbios 24:10).

Tem-se como verdade incontestável que qualquer crente – pastor, ministro da palavra ou crente comum – um dia já precisou ou vai precisar de socorro espiritual.

O bispo Tiago ensina que se o cristão estiver aflito ou enfermo, enfraquecido pelo desânimo, tomado pela carga da opressão maligna e sem força para orar, será preciso pedir que os presbíteros da igreja orem por ele, ungindo-o com azeite como ordena a palavra (Tiago 5:14). A fé obediente é relevante para que o poder curativo da unção seja ativado pelo Espírito Santo, fazendo da unção um remédio sobrenatural e poderoso.

Quando os apóstolos saíam para pregar eles expulsavam demônios “e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Marcos 6:13). O sucesso nas coisas espirituais depende que se faça tudo conforme foi ensinado. Se a palavra diz que os doentes devem ungidos, é precisar ungi-los com óleo consagrado, deixando com Deus o mover sobrenatural em tudo que foi feito. Ao homem cabe orar, a Deus fazer a cura.

A vida do cristão consiste em permanente vigilância espiritual e quando entra em batalha deve primeiramente usar sua arma mais poderosa que é a oração sem cessar. Em seguida, deve buscar mais munição espiritual no jejum, principalmente se estiver travando batalha espiritual contra hostes malignas. E, se o inimigo resistir, deve procurar apoio na igreja com pastores e irmãos capacitados espiritualmente pedindo-lhes que “orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor” (Tiago 5:14). A oração e a unção com óleo dentro do santuário representam o mover do Espírito Santo no meio da igreja.

A intercessão por meio da oração é importante princípio bíblico. O cristão sabe que interceder por outrem em oração é um princípio da obediência a Deus. Paulo pedia ajuda e auxílio da oração aos irmãos. Isso mesmo, o grande apóstolo Paulo não se acanhava em pedir orações aos irmãos da igreja em Roma (Romanos 15:30), em Éfeso (Efésios 6:19), em Colossos (Colossenses 4:3) e a todos os cristãos convertidos do judaísmo (Hebreus 13:18) que orassem a Deus pedindo a seu favor livramento dos perseguidores, dos falsos irmãos, dos perigos nas cidades, dos perigos nos rios, dos perigos nos desertos, bem como que lhe desse ousadia para anunciar o evangelho no bom desempenho do seu ministério. Paulo não se acanhava em pedir orações para si aos irmãos das igrejas no enfrentamento de suas lutas interiores e exteriores (Romanos 15:30, II Co 1:11, Efésios 6:19, Filemom 1:22 e Hebreus 13:18). O profeta Samuel, ao deixar de ser juiz sobre Israel por causa da instituição de um rei a pedido do povo, por ser um homem que orava e Deus atendia (Salmos 99:6), disse que jamais poderia negar-se a orar pelo povo de Israel porque isso ofendia a Deus (I Sm 12:23), ensinando-nos que a intercessão é um ministério, não o serviço de um cargo eclesiástico.

É justamente quando estamos sem força para orar que dependemos diretamente da intercessão de irmãos ou da igreja sobre nossa vida. Almas oprimidas, atribuladas ou perseguidas ficam abatidas e necessitam de ajuda de orações a seu favor, podendo estarem oprimidas a ponto de não conseguirem louvar nem adorar – “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei,a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Salmos 42:5 - ARA).

Sentindo que sua prisão era questão de horas, estando no Getsâmani, Jesus convocou Pedro, João e Tiago para orarem com ele, dizendo “a minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.” (Mt 26:38). Ele pediu ajuda em oração a esses apóstolos porque eram os mais próximos dele e por estar debaixo de grande opressão na alma e “seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.” (Lucas 22:44).

Precisamos fazer o mesmo que Jesus fez! Não se acanhe, peça ajuda espiritual quando suas forças estiverem fracas ou for grande sua luta.

No mundo espiritual não há necessidade de dinheiro nem de títulos eclesiásticos para que forças sejam movidas poderosamente por meio das orações, apenas vida santa e temor no coração para se desviar do pecado ou do mal (Provérbios 16:6). A arma mais poderosa no mundo espiritual não depende de nada que seja material ou exterior, apenas de fé interior, coração sincero e temor a Deus.

Portanto, quando vamos à igreja precisamos lembrar que a solução de nossos problemas poderá estar ali bem próximo de nós, exatamente numa oração que sairá dos lábios de homens e mulheres que oram e Deus ouve.

*© Texto bíblico: ACF – SBTB