Mensagem Bíblica

Oração e jejum: o arrependimento dos ninivitas

Oração e jejum: o arrependimento dos ninivitas

  • Éder de Souza
  • Tempo de Leitura 3 Minutos

Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é maior do que Jonas.” (Mateus 12:41).

Nínive era a capital do Império Assírio, cidade situada à margem do rio Tigre. Os assírios era um povo cruel, inclusive o foi quando invadiu e levou cativo o reino de Israel (reino do norte) e somente não subjugou Judá porque o Senhor Deus, no reinado de Ezequias, derrotou o exército assírio comandado por Senaqueribe (II Rs 19:35-37). Os ninivitas eram pagãos e adoradores de deuses falsos. Mas, mesmo envolta nas trevas da idolatria Deus tinha um propósito para essa cidade e por isso enviou o profeta Jonas para lhes pregar sua palavra.

O profeta tentou fugir para não cumprir essa missão, porém se arrependeu dentro da boca de um grande peixe antes que sua alma desfalecesse (Jonas 2:1-10). No primeiro dia que o profeta anunciou que Deus traria juízo sobre a cidade por causa da adoração de falsos deuses, os ninivitas creram e proclamaram um jejum do maior ao menor dos homens, inclusive o rei e todos os animais a ele se sujeitaram, ficando todos sem alimento e água durante esse período (Jonas 3:5-10).

Ou seja, eles enxergaram seus pecados, erros e se arrependeram perante a vontade do Senhor. Nisto fica claro que a palavra de Deus no coração e o jejum tem o poder sobrenatural de curar a cegueira espiritual dos que vivem fazendo sua própria vontade em desobediência aos mandamentos de Deus. O jejum é a maneira correta do homem humilhar-se diante de Deus e quebrantar o espírito rebelde para que ocorra um verdadeiro arrependimento.

Sem jejum não há humilhação da vontade pessoal nem arrependimento reconciliatório, pois ele representa a morte do ego humano e da velha natureza sem Cristo. Sem morte não há vida espiritual e sem morrer para o pecado não se pode viver em Cristo (Romanos 6:2-11, II Co 5:15, Gálatas 2:20). O jejum deveria preceder todo batismo de conversão a Cristo, pois assim faziam os cristãos da Igreja Primitiva:Antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias.” (Didaquê – Cap. VII – do batismo).

A prática simultânea da oração e do jejum revigora o espírito concedendo força e autoridade sobre os demônios no mundo espiritual (Mateus 17:21 e Marcos 9:29). Como cristãos, se quisermos ter a identidade de Cristo precisamos antes morrer para depois vivermos na novidade de vida que há em Cristo (II Co 4:10-11, Colossenses 3:3 e II Tm 2:11).

*© Texto bíblico: ACF – SBTB